domingo, 8 de maio de 2011

Mãe,

- por Fer

Hoje eu entendo um pouco das coisas eu você disse que eu entenderia apenas quando eu fosse mãe. Acho que me tornei um pouco tua mãe, pois eu tenho vontade de te colocar no colo, não deixar que ninguém te machuque, que ninguém encoste em meu presente, aquele que Ele colocou em minha vida. Me perdoa por às vezes não conseguir. É. Talvez eu tenha precisado das quedas que insisto em tomar, daquelas que você tentou evitar, e eu não te dei ouvido. Eu consigo ver o quando fui tola por não ter agradecido por tantas vezes que me levantasse após uma queda. Sei que você me conhece mais do que eu mesma, e sabe que eu me tornei essa pessoa tão fria, tão dolorosa, tão arisca, tão minha. Deve doer mais em você do que em mim, eu imagino. Ver sua criança crescer e mudar tanto, às vezes para melhor, e às vezes para pior. Eu imagino. Eu te admiro por ainda acreditar em mim, acreditar naquilo de bom que ainda tenho. Quando nem eu mesmo acredito. Mesmo depois da gente já ter se magoado tanto, né mãe? Quando as palavras doíam mais do que qualquer outra coisa. As duas chorando e depois abraçadas apenas tentando entender o porquê. Não havia motivo aparente. Era só coisa da convivência, do desgaste. A gente sentiu isso na pele, culpa minha, não tua. Eu te agradeço por me fazer sorrir, por me deixar a marca de batom no meu rosto, por me acolher mesmo sem saber o motivo da minha dor. Eu te agradeço, mãe, por ter me ensinado a amar a vida, por ter lutado por mim, por ter agarrado forte na minha mão, por ter me apresentado a vida, por ter me feito sorrir quando as lágrimas rondaram meu olhos, por ter me ensinado a acreditar nos meus sonhos, por ter feito esquecer das dores apenas com um abraço. Obrigada, mãe, por ter me ensinado a amar você.
give me some poison, baby! 

Um comentário:

tay disse...

E eu chorei é claro. E dói muito msm Nanda vê a criança da gente crescer!!
É isso. Lindo. Amei.