sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Do I smell birthday cake?

- por Fer

Vocês já devem saber que hoje, 24 de setembro é, sem dúvida, o dia mais importante do ano. Só não é feriado nacional porque o pedido ainda não foi aceito no tribunal, mas já estou tomando as devidas providências. O que tem de tão especial hoje? Há exatos 16 anos eu nasci, oras! Deixei a barriguinha da minha mamãe, recebi um belo de um tapa do bumbum e dei o primeiro choro. E sabem, aqui é muito frio.

Dos meus primeiros dias/meses/anos de vida eu não me lembro de muita coisa, acho que colocaram um dispositivo em mim para apagar minha memória de recém-nascida... Mas o que eu sei é que eu sujei muita fralda e comi muita papinha. Credo.

Passada a época das papinhas e das fraldas, chegou aquela fase em que sua mãe tenta fazer você comer vegetais ao invés de sorvete na hora do almoço. Comigo não deu muito certo, tanto que até hoje não como legumes e vegetais. Pra mim, todos têm gosto de mato, como se eu tivesse acabado de arrancá-los de um barranco.

Depois veio a fase Barbie. Presente de natal, aniversário, dia das crianças, o ovo de páscoa... O que fosse! Eu sempre queria uma Barbie. Eu tinha a Barbie noiva, a cozinha da Barbie, o carro da Barbie, a lancha da Barbie, o coisinha de piscina da Barbie, as amigas da Barbie... A lista é infinita! Alguns anos depois inventaram a Polly, mas eu não curtia ela. E nem a Susy, ela era cabeçuda.

Então, depois de anos pintando figurinhas, contornando desenhos e decorando um pedaço do hino nacional por dia na escola, você percebe que a moleza acaba e que, se você não estudar, não passa. Porém, eu nunca tive problemas com a escola... Exceto por uma vez (Só vou citar um pequeno exemplo aqui, né. Não posso queimar minha imagem de boa samaritana com vocês.) em que eu assinei advertência (O tal livro preto! Como eu tinha medo do livro preto, meu Deus! Tremia nas bases só de ouvir o nome) por estar jogando bolinhas de papel no ventilador durante uma aula na quinta série, se não me falha a memória. E para a minha decepção, o livro preto nem era preto! Era um daqueles cadernos mais baratos da papelaria, com um monte de assinaturas feias e alunos  indisciplinados.

Virei pré-adolescente. É aquela coisa: você quer parecer um adolescente e faz de tudo para se aproximar de um. Fica mascando chicléts com a boa aberta para parecer cool. Odiava qualquer contado com uma criança. E se te pediam para brincar com eles então... Fugia na hora! E aí você vira adolescente e percebe o quão idiota foi por ter deixado de pular na cama elástica daquele aniversário da sua prima... Quantas vezes eu e minhas amigas (agora, depois de "grandes" mesmo) não tentamos alugar uma cama elástica pra ficar a tarde inteira pulando! Mas nunca alugamos, não tínhamos onde por...

O mais estranho é que agora, vivendo num universo adolescente que gira em torno de festas, bebidas, rua, internet, dorgas (não que eu faça uso de tudo isso) o que eu mais sinto falta é de quando ía empinar pipa com meu pai, de quando brincava de casinha, de quando tinha várias filhas de pano, de quando esperava ansiosamente pelo brigadeiro que minha mãe raramente fazia. E agora, qual é a graça? Eu posso fazer um brigadeiro a hora que eu quiser, e o meu é melhor que o dela.

Se eu queria voltar no tempo? Sem dúvidas! Mas como não posso, o melhor que eu faço é aproveitar o agora da melhor forma possível, para que daqui uns anos eu não queira voltar ao passado de volta. Mesmo eu achando que essa ideia é meio inevitável.

De qualquer forma, estarei esperando ansiosamente pelos meus presentes e por um bolinho que eu, tendo vocês como fiéis escudeiros, sei que vou ganhar, né?

give me some poison, baby!

2 comentários:

Rafael disse...

Descupa, Fer! Não vai rolar presente não. hsuahsuahsusha

Unknown disse...

Aaaah tá. Muito obrigada, Rafel! KKKKKKKK :(