terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Indecisão resolvida

- por Nanda





Sofro do pior tipo de indecisão. Meu pai precisa chamar minha atenção numa loja pra decidir entre dois sapatos e quando eu decido, sempre me arrependo depois, de não ter escolhido o outro par. E situações assim acontecem comigo o tempo todo. Dos tipos mais variados de indecisões e frustrações.

O caso é que, algumas vezes eu consigo a chance de voltar a trás. Tenho a chance de voltar na loja e trocar pelo outro par de sapato. Na maioria das vezes, eu consigo fazer a troca e saio da loja mais feliz que antes, sem aquela enorme dúvida na cabeça se eu fiz a escolha certa. O problema é que, algumas vezes, eu me arrependo da escolha tarde demais e o prazo de 30 dias para troca já passou.

E isso me frustra ainda mais porque eu tive a chance de voltar atrás. Mas esperei muito tempo e por causa de 30 dias e uma etiqueta no lixo, eu não posso mais trocar pelo sapato azul escuro. E tenho que sair com o roxo por aí. E não adianta nem chorar pelo sapato comprado, porque eu tive minha chance, só que a disperdicei.

A alegria chega quando, no próximo mês, tenho a chance de comprar outro sapato. E escolho o que eu tanto queria. E aí, ele vira meu favorito, saio para todos os lugares com ele, tenho orgulho do meu novo sapato. E o velho? Tá jogado no armário, como tantas outras peças que eu me arrependi de comprar.

Daqui em diante, mesmo que meu pai chame minha atenção, vou ficar com o sapato que ficou mais bonito no meu pé, não o que eu pareço gostar mais. Porque o outro vai me valorizar mais e com o tempo vou saber valorizá-lo também, cuidarei dele, afinal, ele me deu outra chance de poder usá-lo!

E agora esse vai ser meu lema: sempre escolha o que te dá mais valor. É a melhor escolha sempre. E, se for tarde demais e ele já foi comprado, você pode ter a memória de que algum dia ele já foi seu companheiro, mesmo que só dentro da loja.


give me some poison, baby!

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