quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Chega de graça

- por Fer

Ocupando um lugar entre as melhores, as piadas sobre políticos geralmente conseguem nos tirar algumas boas risadas. Alguns programas de televisão estão sempre "comentando" de forma muito bem humorada os últimos acontecimentos da política brasileira, pena que agora nos privaram dessas risadas. Entenda o por quê:


A lei eleitoral n 9.504/97 proíbe que emissoras de rádio e TV usem "trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação". 

Desde o dia 6 de julho, quando a campanha começou oficialmente, as produções de humor na TV buscam alternativas para lidar com as restrições impostas pela lei eleitoral. A saída recorrente tem sido amenizar o tom das piadas com candidatos ou, em alguns casos, cortar esquetes do roteiro.

De acordo com uma publicação do site O Globo, "o humor na política deve ser preservado". Em entrevista, Gustavo Binenbojm, professor de direito constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), explica alguns aspectos da lei. 
(Se você quiser ler a entrevista na íntegra, leia a publicação original aqui.)

A lei eleitoral proíbe que programas de rádio e TV "degradem ou ridicularizem" candidatos, provocando mudanças em programas como Casseta & Planeta, CQC e Pânico na TV. Binenbojm lamenta que sátiras políticas estejam perdendo espaço por causa da legislação. E considera um equívoco interromper um eficiente canal de comunicação entre políticos e eleitores. "O humor é um instrumento para atrair o interesse da opinião pública para um assunto", frisa. O professor ressalta que o eleitor tem senso crítico suficiente para saber o que é apenas uma piada. "Se não acreditamos que o cidadão tem capacidade de fazer seu próprio julgamento, estamos caminhando para um regime fascista".

Na prática, o artigo atinge em cheio as brincadeiras realizadas por humoristas. Poderia ser encarada como ofensa, por exemplo, uma pergunta mais ácida de um repórter do "CQC" ou a insistência de Sabrina Sato, do "Pânico na TV", para convencer um candidato a dançar o hit "Rebolation". No caso de uma infração, a multa pode chegar a R$ 200 mil.

É uma pena, pois as sátiras e "piadinhas" eram de fácil entendimento do público, fazendo com que a maioria entendesse o que se passava na política. O que nos resta é compreender e aceitar, já que não se acha R$ 200.000 em qualquer esquina, não é mesmo?

give me some poison, baby!

Um comentário:

Rafael disse...

Infelizmente, tem muita gente burra e ignorante no Brasil... que mudariam de idéia por causa do humor.
Eu acho besteira proibir o humor assim. Com certeza o humor atrai as pessoas a se informarem sobre a politica, e o Brasil precisa disso.

Mas como sempre. Criaram uma lei estúpida pra favorecer os politicos.

Bom... o negócio é fazer boas escolhas pra melhorar o país, né?

shaushaushuahua

bom...
é isso.
tchau