quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Rótulos

- por Nanda


Já cansei de ver pessoas sendo (re)conhecidas por meio de rótulos. Ah, o Joãozinho, aquele emo? A Maria que usa calça colorida? Aposto que você faz isso: coloca rótulos até mesmo nos seus amigos, quando quer que alguém os reconheça. Isso é tão comum que virou bonito. É como nós complementamos nós mesmos e as pessoas à nossa volta. Mas e se você recebe um rótulo que não te identifica?

Isso é muito visto em filmes adolescentes americanos: o emo, o gay, o popular, a líder de torcida, a nerd, o esquisito (...). E eles são sempre do mesmo "modelo", nunca foge da linha de produção que o emo vai usar roupas pretar e andar chorando pelos cantos, a líder de torcida é sempre loira, burra e todos querem ficar com ela ou ser ela. O nerd usa aqueles óculos grandões e é jogado na lixeira por tirar boas notas. Só por aí já dá pra ver cmom nós vemos o "nosso" mundinho.

Já pensou qual rótulo te identifica? Não seria muito melhor se fossemos cheios de rótulos diferentes e usar qual nós quiséssemos dependendo do humor do dia?

Aquele filme "Bratz" (o que tem pessoas de verdade, não aquele das bonecas cabeçudas) mostra muito bem isso. A filha do diretor que corrdena pelo modo como a pessoa se veste ou pelas qualidades dela qual será seu grupo. Se ela não gostar do grupo e quiser sair, ela é praticamente martirizada. Aí as Bratz acabam sendo separadas em diferentes grupos e só um ano depois se rebelam contra aquela tirania.


É realmente uma revolta quando queremos mudar quem somos porque nem sempre as pessoas irão entender a mudança. Alguma coisa que mudou no nosso interior nos fala para mostrar quem realmente somos quando o que o mundo quer ver é o mínimo que queremos e temos. Dizer "seja você mesmo" pode até ser fácil, o difícil é conseguir.

give me some poison, baby!

Um comentário:

Rafael disse...

Isso é uma merda!
Eu nem tenho muito problema com isso. E quando tenho, sei lidar.
Mas tem ente que sofre com essas "descriminações" por rótulos (caipiras, gays e "feios", principalmente).

Acho que eu sou (na melhor das hipóteses) como "o cara do cabelo enrolado". Mas deve ter rótulos bem piores pra mim também...

Bom. Pra mim, cada um deve viver como acha melhor, e ninuém precisa jular se aquilo é certo ou errado.