quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Os vampiros que se mordam

- por Fer

Os vampiros que se cuidem! Atualmente, são as criaturas mais superexpostas da mídia, com filmes, séries de televisão, enxurrada de livros (novos e antigos) e afins. A comédia "Os vampiros que se mordam" chega para aumentar a lista - sem trazer nada de novo, engraçado ou que justifique sua existência.


Estreando em circuito nacional, o filme é uma sátira da série "Crepúsculo", escrita e dirigida por Jason Friedberg e Aaron Seltzer, que já tentaram satirizar comédias românticas, com "Uma comédia nada romântica", épicos ("Espartalhões"), e filmes de desastre ("Super-heróis - a liga da injustiça"), sem sucesso.
 

Ignorando que a ideia das criaturas vampirescas é mais antiga do que "Crepúsculo", "Os vampiros que se mordam" concentra-se no primeiro e segundo filmes da série, refazendo muitas das cenas e da trama de forma exagerada.


A jovem Becca (Jenn Proske) muda-se para uma pequena cidade para morar com o pai, um xerife local (Diedrich Bader). Na escola tem poucos amigos, mas acaba conhecendo e se apaixonando pelo pálido e estranho Edward Sullen (Matt Lanter, de "Super-heróis - a liga da injustiça").

 
A propensão que Bella, personagem do filme original, tem para se martirizar é potencializada aqui - e algo que, por natureza, seria engraçado, não consegue gerar qualquer fagulha de humor em "Os vampiros que se mordam". A culpa disso é, em boa parte, por conta da falta de tato da dupla Friedberg e Seltzer - para quem espancar um cadeirante por minutos a fio deve parecer engraçado. Para eles, também é divertido quando Becca solta gases na cara de Edward, ou  quando Jacob (Chris Riggi), o menino-lobisomem, urina numa árvore.
 

Becca, por sua vez, sofre por não conseguir perder a virgindade. Afinal um dos pretendentes prometeu ser celibatário e o outro prefere perseguir gatos. É a vida! Ou melhor, é a vida dos mortos, à qual Becca tem que se acostumar caso queira se casar com Edward.

 
Com menos de uma hora e meia, "Os vampiros que se mordam" parece mais longo e cansativo do que uma maratona da série "Crepúsculo". Com um acúmulo de referências pop - Lady Gaga, Lindsay Lohan, "Gossip girl", "Buffy", "Alice no país das maravilhas"-, o enredo revela-se incapaz de produzir algo realmente engraçado. Por outro lado, a estreante Jenn Proske faz uma imitação quase perfeita da verdadeira Bella, Kristen Stewart - pena que isso aconteça num filme tão pouco inspirado.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

Afinal, o que era pra ser um filme super engraçado não teve tanto sucesso assim. Ao que parece, vimos toda a graça do filme no trailer, o que acabou com qualquer chance de um sorriso que fosse minimamente genuíno durante a exibição do filme. É uma pena, pois a expectativa para boas gargalhadas no cinema foi por água abaixo. Assim sendo, parabéns para a atriz Jenn Proske, cuja imitação perfeita da Bela é uma das poucas coisas que salva o filme.

De qualquer forma, eis o trailer:
give me some poison, baby!

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