- por Fer
“A vida é como uma caixa de bombons; você nunca sabe o que vai encontrar dentro”. Frase que ilustra bem o filme emocionante que é Forrest Gump – O contador de Histórias. Ninguém esperava que em 1994 fosse estrear um filme de tamanha qualidade e impacto como este.
No Brasil, estreou nos cinemas em agosto de 1994, e permaneceu em cartaz até abril de 1995. Foi febre nos Estados Unidos da América também. Ganhou 6 Oscars da Academy Awards: Melhor ator (Tom Hanks), Melhor Diretor (Robert Zemeckis, que já era conhecido por sua direção em De Volta para o Futuro), Melhor Roteiro Adaptado (baseado no livro de Winston Groom), Melhor Efeitos Especiais (até então a tecnologia usada era de ponta. Fantástico!), Melhor Montagem, e, claro, como não poderia deixar de ser, Melhor Filme também. Se todos esses prêmios não bastassem, ainda concorreu a outras 7 categorias: Melhor ator coadjuvante (Gary Sinise), Melhor Fotografia, Melhor Maquiagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Som, Melhores Efeitos Sonoros, e Melhor Trilha Sonora.
O filme retrata a vida de uma criatura peculiar, única, e cômica, que leva o mesmo nome do título: Forrest Gump. Não simplesmente a vida dele, mas o filme retrata a vida dele sob o olhar dele, ao passar pelas mais diversas situações da vida pessoal e da história norte-americana, ao longo das décadas, de 50, 60, 70 e começo de 80. Tudo contado pelo próprio personagem, sentado em um banco de uma estação, para quem quer que esteja sentado ao seu lado, enquanto espera um ônibus para ir visitar a sua amada amiga Jenny.
O personagem tem um QI 75, abaixo do considerado “normal”, e é diagnosticado como “retardado”. Ele tem uma visão muito ingênua, pura como de uma criança, sobre as coisas e as pessoas. Com isso, ele vai interagindo com o mundo, participando dos maiores eventos históricos, como que por acaso. Desde ser herói da Guerra do Vietnã, até ser jogador de ping-pong oficial de seu país; inspirar a música “Imagine” de John Lennon; inspirar a famosa frase “Shit happens” (“Merdas acontecem”), inspirar a criação do “Smile” :), entregar sem querer as pessoas responsáveis pelo Watergate; ou ensinar um moço a dançar, um tal de Elvis Presley. Conheceu diversos presidentes (excelente montagem e efeitos especiais! Parece que de fato ele foi filmado com essas personalidades) por seus atos de bravura que, claro, na opinião dele foi tudo como que por acaso, sem nenhum motivo especial. E assim por diante.
Apesar de ser famoso por ser jogador de ping-pong, herói de guerra, corredor (uma de suas marcas. Onde ele queria ir, ele ia correndo, e MUITO rápido), milionário por ter se tornado dono de uma grande empresa de pesca de camarões etc, o que nunca saía de sua cabeça e coração era Jenny. Estava sempre pensando nela, quando não pensava em sua mãe (ela quem sempre falava a frase-título desta crítica para ele, e também quem falava para ele que “idiota é quem faz idiotice”, que ele era igual a qualquer outra pessoa, e não poderia deixar que ninguém o tratasse mal), Bubba (seu melhor-amigo, que se conheceram na Guerra do Vietnã), ou no Tenente Dan (da Guerra do Vietnã também, que após salvar sua vida, depois de muita reluta, acaba virando um grande amigo).
Forrest e Jenny se conheceram quando crianças, no ônibus da escola, e se tornaram inseparáveis, como “pão e manteiga”. Todavia Jenny tinha planos muito diferentes de Forrest para sua vida, e acabaram tomando rumos distintos. Mas, vira e mexe mesmo passado anos, voltavam a se encontrar. Até mesmo em Washington, capital de seu país, após ele falar em um microfone desligado, sobre a guerra, para milhões de manifestantes contra a guerra, que queriam paz e amor. Que, diga-se de passagem, foi um dos momentos mais emocionantes do filme, e foi o momento mais feliz da vida de Forrest também, segundo ele próprio diz.
A maior parte do filme ele sofre com o amor platônico por sua amiga de infância, que no final acaba tendo um filho com ela e se casando. Curiosidade: o ator que faz uma ponta no filme, como o filho dele, Forrest Gump Jr (coisinha mais fofa!), é Haley Joel Osment, que mais tarde ficaria famoso, e concorrendo ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, com o filme O Sexto Sentido.
O filme antes de qualquer coisa mostra sempre a visão dos personagens sobre o que está acontecendo naquele momento, especialmente com Forrest. Dessa forma faz com que o público se emocione com cada cena, e o faz pensar sobre o que e quem é importante na vida.
Sem dúvida alguma Forrest Gump – O Contador de Histórias é um clássico. Um filme que se deve ter na videoteca de casa, e rever várias vezes. Lindo até mesmo no início ou no fim com a pena sendo levada pelo vento. Um filme dramático, emocionante, reflexivo e engraçado, que não pode deixar de ser visto ao menos uma vez na vida. Ele é capaz de influenciar gerações.
give me some poison, baby!
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