quinta-feira, 24 de março de 2011

Infantilidade e Sentimento de Posse

- por Nanda


Fazer brincadeiras, contar piadinhas, rolar na grama e correr atrás do cachorro são atitudes normais. Mesmo que você tenha 20 anos, eu deixo você se divertir, afinal, é um direito seu. Só que existem algumas outras atitudes que não condizem com a idade física e nunca vão condizer. E, à medida que você cresce, obtém consciência dessas atitudes. O grande problema é que tem gente que nunca aprende. Continua fazendo a mesma besteirinha, acha graça e pensa que todos estão achando lindo. Bem coisa de criança.

E falando em atitudes tipicas de criança, você deve se lembrar de, quando tinha uns 5 ou 6 anos, que ninguém podia tocar no que era seu. Seus brinquedos eram sagrados e se alguém perdesse uma pecinha sequer, você começava a chorar. Suas roupas? Não deixava sua mãe nem lavá-las. E, bem, sem querer usar da psicologia, mas o que você faz quando criança se reflete durante todo seu processo de amadurecimento. As atitudes que você continua achando 'válidas' podem ser suas melhores qualidades ou seus piores defeitos. É claro que com o passar do tempo, você pode tentar mudar as partes ruins (ou pelo menos minimizá-las), mas só conseguirá se realmente estiver disposto (a) à isso. E o sentimento de posse, com certeza, é uma dessas atitudes que você continuará achando válida, mas que sempre precisará da dose certa para cada caso.

Ou seja, o sentimento de posse precisa ser dosado de acordo com o que ele relaciona. Por exemplo, tudo bem você sentir ciúme daquela blusa linda que você acabou de comprar e que sua amiga já veio dizer que vai ser a primeira a emprestar. Afinal, a blusa é sua e sua amiga que vá comprar suas próprias roupas! Agora, quando esse sentimento envolve coisas que não são suas, ele nunca é bom. Se você der a blusa para sua amiga, esse ciuminho não poderá existir mais. E o grande problema é exatamente esse: algumas pessoas não sabem diferenciar o que têm e o que não têm, causando grande caso de uma coisa que nem lhe pertence. Se faz de vítima, envolve pessoas que nem sequer gostam da blusa numa atitude completamente infantil só porque, algum dia, aquela blusa já foi dela.

Conclusão: moço e moça, não se prendam ao passado! O que ERA seu já não é mais, e talvez até porque você não quis. Deixe que as outras pessoas que precisam aproveite agora. Pratique o desapego e viva sua vida com novidades e não velharias. Afinal, quem vive de passado é museu. E infantilidade depois dos 18 anos já começa a ser meio enjoativo até para o seu cachorro que nem sai da cama mais.

give me some poison, baby!

Um comentário:

Rafael disse...

"Praticar o desapego" é o que há. haha
Concordo com cada linha do post.