segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Desastre do Folhado Suicida

- por Fer.

Sabe quando você acorda pressentindo que o dia não vai ser dos melhores? Exato. Para começar, já cheguei meio atrasada no colégio. Não foi aqueeeeele atraso, mas ainda assim, atrasada. Sabe o quanto você pode conversar naqueles 5 minutinhos que você chega adiantada? Muito. Sabe quantos bafões você pode ouvir e contar? Muitos. Enfim...

Começou o Segundo Bimestre (aquele '2 Bim' que sua mãe ainda escreve no seu caderno), e mesmo estudando na escola há mais de um ano eu ainda não sabia os horários certos das aulas. É aquela coisa: a hora só interessa quando você quer que a aula acabe logo. Ocorre quase sempre, é.

Enquanto a Santa conferia as apostilas, para ver se pelos menos uma vez em sei lá quantos anos as apostilas vinham todas certas, eu já tinha escrito a letra inteira de Make Me Wanna Die - The Pretty Reckless. Para quem não sabe, me apaixonei pela música no primeiro instante em que a ouvi. A aula de inglês foi chata, como de praxe, e não demorou muito até eu me debruçar sobre o caderno e começar a rabiscar na carteira.

Como eu não tomo café da manhã, é claro que 9h já estou ~varada~ de fome. Fui para a cantina e para variar, os salgados não estavam prontos. Esperei um pouco e o que eu queria terminou de assar, peguei, paguei. Tudo numa boa. Saí daquele vuco-vuco que é a fila da cantina e fiquei esperando as amigs. Como o folhado tinha acabado de sair do forno, ele estava absurdamente quente. Manti o pacote sobre as minhas mãos espalmadas até que PLAFT! Caiu naquele chão super limpo de pátio de colégio. Na minha primeira tentativa #fail de pegá-lo, ele pulou do pacote, se abrindo mais ainda e mostrando aquele recheio delicioso de frango. Consegui pegar o maldito folhado. Olhei pra ele, olhei pro lixo. Joguei. Enquanto isso acontecia, todas as pessoas ali presentes olhavam para mim e para o salgado e falavam "noooooossa" com aquela cara de coitados. Já dizia minha avó: coitado é filho de rato que nasce pelado. Me poupem de sua misericórdia, amores.

Fui para a fila mais uma vez, rindo de mim mesma. Como meu dinheiro já tinha ido para o lixo, pedi para Lady Lucy marcar outro folhado pra mim na super conta dela. Esse não tava muito RBD e se comportou direitinho.

Quando eu achei que já tinha superado o Desastre do Folhado Suicida, estava enganada. Hora de ir embora e nada da moms aparecer. Esperei por uns 10 minutos além da saída, Lady Lucy me fazendo companhia. Bored, bored, bored. Como tinha deixado meu celular em casa carregando, tive que emprestar o celular da Lady Lucy para ligar para a moms e ver o que se passava (percebam como a Lady Lucy salvou meu dia hoje! Grata ♥). Liguei para casa mas quem atendeu foi a Avril, que cantou pra mim "she wants to go home, but nobody's home". Whatever. Tentei o celular. "Mãe, cê não vem me buscar?" "Te mandei uma mensagem, não vou poder não. To muito ocupada." "Aff, sério mãe?" "Aham, e não posso falar agora. Tchau." TU TU TU TU

Sabe o que é você ter que voltar pra casa caminhando quando o Sol está em seu ápice, com um calor do inferno? Pois é. Sem companhia, nem sequer um fone de ouvido, estava esta que vos fala voltando para casa, naquele sol daquele inferno citado acima. O calor eu superei, mas então me dei conta de outro, digamos assim... probleminha. Quando comecei a ver uma multidão de roupas mais ou menos iguais, foi quando me dei conta que era hora do povo que estuda à tarde ir para o colégio. Era uma coisa meio assim: Fernanda subindo e o ~ghetto~ descendo as ladeiras da cidade. Nem o relevo me ajudou nessa.

Na metade do caminho, eu já estava com cãimbras e totalmente desidratada. Não encontrei nenhum manobródi preocupante, só o mendingo super famoso da cidade, o Tafarel; uma menina que estava debruçada no portão de casa, aparentemente prestes a se suicidar, cantando uma músiquinha sobre um táxi (muito suspeito); e umas mulheres que me olhavam com cara de loucas. Sim, sou muito paranóica com relação à desconhecidos. Sempre fico imaginando se eles não são um tipo de psicopatas ou uma máfia prestes a me levar para a Rússia.

Finalmente, lar doce lar. E espero que eu não tenha mais nenhum imprevisto por hoje.

give me some poison, baby!

3 comentários:

Andressa Bruske disse...

SKAPOSKPASKA tragica manhã a sua né? :/ eu sempre fico olhando pras pessoas e pela cara delas fico imaginando da onde e pra onde elas tão indo HSUASHAUSHAUSH
beeeijos :*

cbt disse...

ah, na eecc é trimestre, menos provas \o/ ou não.
pretty reckless, não é aquela bandinha da jenny de gg ? hmmm
haha, já reparo que quanto maior sua fome, mais as comidas fogem? (Y)
"Fernanda subindo e o ~ghetto~ descendo as ladeiras da cidade", ri muito HUSDAHDHDSUHDSUUSI

Unknown disse...

Sim, Cristian, é a banda da Taylor Momsen! muito boas as músicas ~rock~ :D pois é, Andressa, eu também! KKKKKKKKKK :*
- fer.