Como NÃO viajar com seus amigos

- por Nanda

Ooi gente, tudo bem com vocês? Lembra quando eu postei minha triste história de quando levei uma ovada? A minha primeira ovada e que foi de um completo desconhecido? Então, como eu sei que todo mundo que leu, riu da minha cara e que vocês gostam de rir da desgraça alheia, hoje é dia de outra histórinha. Porque eu gosto mesmo de pagar mico! Ainda mais se for junto com os amigos KKKK

Era uma vez criancinhas felizes que queriam ir ao cinema pra assistir Valentine's Day (Indas e Vindas do Amor). O dia era tão esperado que as criancinhas combinaram de ir uma semana antes. O problema é que na cidade sem-vergonha onde as criancinhas moram não existe nem shopping e nem cinema, então as elas pegariam um ônibus (mais conhecido como metropolitano, ou para os íntimos, metrô) até a cidade vizinha, para que pudessem realizar esse sonho. Na sexta-feira já tinham combinado tudo: iriam pegar o primeiro ônibus da tarde, ou seja, 13h25.

O grande dia tinha chegado! Era sábado e as criancinhas estavam muito ansiosas pra ir. A criancinha que vos fala tinha combinado com a outra criancinha de passar buscá-la 13:10. O problema é que a mãe da criancinha que vos fala é um viciada joga WoW o dia inteiro e logo depois do almoço sentou na frente do computador e não queria mais sair de lá. Deu 13:15, 13:20 e eu comecei a buzinar de dentro do carro. Passamos buscar a outra menina e tínhamos que passar em um outro lugar combinado pra buscar um dos meninos. Só que esse menino não sabe que existe celular e não esperou no lugar e ainda não avisou a ninguém. Partimos pra rodoviária sem ele mesmo e quando chegamos lá advinhem? O ônibus já estava saindo. Quando colocamos o pé pra fora do carro, o ônibus partiu. Nossas caras de decepção não mostraram o quão triste nós estávamos. Além do que, os outros dois meninos que iriam com a gente, estava dentro do ônibus e nem pra eles pedirem pro motorista esperar (né, Guilhermes? :@). Enfim, existia outra chance de pegarmos o ônibus na estrada, mas à essa hora minha mãe já tinha ido (mãe boa pra caramba essa, hein? meldeus! por isso, nunca reclamem de suas mamães). Okay. Estava eu e minha amiga e o outro apareceu lá de repente. Depois de eu ter dado um chingo bem legal e ensinado à ele como usar um celular, começamos a pensar nas alternativas. O próximo metrô era só às 3 horas, então seria muito tarde. Mas aí pensamos em pagar mais caro em um executivo (com ar-condicionado e muito mais conforto) e que sairia dali às 14h20, segundo a vaca mulherzinha do guichê. Pagamos 5 reais a mais na passagem, mas pelo menos iríamos no conforto e no ar-condicionado. Além do que, chegaríamos mais rápido.

 (metropolitano)

(executivo)

Com medo de perdermos outro ônibus, ficamos no andar de baixo da rodoviária esperando pelo nosso. Até que o menino ficou com sede e quis comprar um coca. Subimos, compramos a coca e quando descemos tinha uma galera entrando em outro ônibus. Ficamos sentados tomando nossa coca geladinha e eu comecei a ler a passagem. E estava escrito: Saída 13h40. Eram 13h40. Eu li isso alto e a mulherzinha que estava tomando conta do ônibus perguntou:

- Pra onde vocês vão?

- Pra Ponta Grossa.

- Então esse era o ônibus de vocês!

MERDA! MERDA! MERDA! ACABAMOS DE PERDER O SEGUNDO ÔNIBUS.

Então, a simpática mulher correu atrás do ônibus e pediu pra ele esperar. O carinha que ajuda o motorista desceu e pegou nossas passagens. Eu não conseguia me conformar com a nossa burrice e comentei:

- Moço! É o segundo ônibus que a gente quase perde! A moça do guichê falou que saía 14h20!!!!!!!

- Hahahahaha

Quase mandei ele enfiar a risadinha na bundinha dele.

Entramos no ônibus com todos os olhares voltados pra nós e somente nós. Fomos até o fim do ônibus e não arranjamos lugar pra sentar e tivemos que voltar até o começo, rindo como gralhas, pra acharmos lugar pra sentar. Sentados e confortáveis, no ar-condicionado, avisamos aos outros que já estávamos indo. Ouvindo música e rindo, conversando e rindo, mandando mensagem e rindo. A única coisa que fazíamos era rir. E as pessoas ainda ficavam olhando. Quando chegamos, descemos do ônibus e o carinha ainda deu uma de engraçadinho:

- Não vão perder o ônibus pra voltar, hein?

Demos aquela risadinha de #calabocaseuidiota e saímos. De onde paramos até o shopping era uma caminhada razoável. Chegamos ao shopping. Nunca ficamos tão feliz em ter visto aquele shopping na nossa frente. Entramos lá, encontramos nossos amiguinhos desnaturados e fomos para o cinema. E, advinhem? VALENTINE'S DAY NÃO ESTAVA EM CARTAZ! Era pra se jogar da Torre Eiffel depois dessa!

Aí nós optamos por assistir Premonição 4, em 3-D. EU JÁ ODEIO FILMES DE TERROR/SUSPENSE, IMAGINE EM 3-D!!!!! Okay, depois de ter quase quebrado a mão do meu namorado, e não ter ficado nem um pouquinho traumatizada com escadas rolantes e autódromos, nós fomos comer no Burger King.

Não satisfeitos com tamanha diversão que tivemos até aquela hora, ainda queríamos jogar boliche. Jogamos duas partidas com duas pessoas quase caindo e eu dando chilique porque queria a bola pink (obrigada Guizinho *-*). A confusão se instalou na hora de pagar (sim, pessoas pobres sofrem). Depois de tudo resolvido, estava quase na hora de ir embora, então a gente foi numa loja de brinquedos. Ficamos apertando todo e qualquer botão que fazia barulho. Aí fomos na Americanas, ficamos chutando as prateleiras de cd pra irritar nossa amiga e espirraram aquelas espumas de carnaval na minha bunda em mim.

Quando chegou a hora de ir embora, nós saímos do shopping e fomos ao ponto de ônibus numa praça perto dali e esperamos. O ônibus chegou, pagamos e tal. Não tinha lugar pra sentar.. tudo normal até agora. Ficamos no lugarzinho onde pessoas com necessidades especiais ficam (ou seja, no lugar onde deveríamos estar). A gente ria tanto que parecíamos drogados. Brincamos de não segurar em nenhum lugar e ver quem caía, de apertar pra ônibus parar (né Elisama?) e eu brinquei de Olímpiadas de Inverno e sentei em cima do pé de uma mulher. Depois que metade do ônibus desceu em uma cidadezinha pequena, conseguimos lugar pra sentar lá no fim do ônibus. Não satisfeitos com tamanha diversão, começamos a ouvir música e cantar.

Chegando em Castro, inteiros e ainda rindo, eu e minha amiga ficamos na praça esperando a mãe dela por uns 30 minutos até que o pai dela liga dizendo que não tinha conseguido avisá-la que já havíamos chegado, e fomos até um pedeço a pé pra casa.

E esse foi o fim do dia que eu mais dei risada na minha vida.

Outra coisa, Vasco campeão hoje, hein!? HIHI 

give me some poison, baby!