domingo, 26 de dezembro de 2010

Palavras ao vento

- por Fer
Textos, poesias, poemas, versos, estrofes ou simples frases. Às vezes essa necessidade de desabafar no papel te domina e tudo o que importa para você é aquela caneta e aquelas ideias que estão rondando a sua mente. Algumas incompreensíveis, algumas sem lógica, mas quase todas censuradas, proibidas de serem lidas. Afinal, por que deixaria alguém saber o que se passa na sua mente se nem você mesmo sabe? Por que deixaria que outros te desvendassem se nem você mesmo consegue? Não posso me dar esse luxo, não posso permitir. Se minhas palavras são censuradas é porque prefiro deixar esse mundo restrito à mim. Divulgá-lo seria perigoso, questionador, e perguntas não me agradam, principalmente quando as respostas são difíceis. Fáceis para mim de respondê-las, difíceis de expressá-las. Esse paradoxo me intriga e me motiva, me faz escrever mais e mais, no intuito de quem sabe, no último ponto final, entender o verdadeiro motivo de tantas letras. Desvendar os significados que a minha alma conhece, mas que minha mente insiste em bloquear. Talvez ela [a mente] esteja certa. Talvez seja melhor não saber o verdadeiro motivo das minhas palavras. Quem sabe assim eu passe a acreditar que não exista realmente um motivo, e que essas sejam apenas palavras jogadas ao vento, esperando que alguém as compreenda melhor do que a sua própria criadora.

give me some poison, baby!

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